Após o "tombo" do gigante espanhol na eliminatória anterior, Portugal estava avisado para a forma de jogar de Marrocos: bloco defensivo muito compacto, fechando (quase) todas as linhas de passe com um jogo de pares ultra-concentrado e muita qualidade a sair da pressão, preferencialmente em contra-ataques criteriosos, mas também competentes quando em ofensiva posicional. Foi assim que En-Nesyri, um dos mais completos 9 vocacionados para este tipo de ideia de jogo, aproveitou um erro de todos os elementos mais defensivos portugueses (Rúben Neves "macio" na protecção à linha recuada, Dalot a não encurtar o espaço para o cruzamento, Pepe mal posicionado, Raphaël Guerreiro a fugir ao duelo aéreo, má comunicação de Rúben Dias com Diogo Costa e este último a ser batido pela antecipação de cabeça do ponta-de-lança do Sevilha) para fazer o golo solitário da partida. Desde o apito inicial e até ao final da primeira parte, apesar da natural iniciativa de jogo e alguns fogach
Ao deixar Cristiano Ronaldo de fora do 11 titular, após a polémica reacção à sua substituição no jogo anterior, o seleccionador nacional afastou a ideia que pairava em boa parte da crítica sobre quem é o verdadeiro líder no balneário. Mesmo que não tenha ficado, naturalmente, satisfeito com o facto de ter começado no banco de suplentes, a verdade é que o esse estatuto acabou por ser positivo para o astro português, desde logo pelo contexto favorável com que entrou em campo, sem a equipa dependente de si para resolver a partida, algo que perante o seu momento de forma e as polémicas recentes, se tem revelado contraproducente. Penso que este momento menos fulgurante se prende sobretudo com a vertente anímica, pelo que é fundamental encontrar o enquadramento ideal para que se possa reerguer. Por outro lado, o jogador não terá interesse em que se eternize a ideia de que manda em tudo o que se relaciona com a FPF, algo que o diaboliza e cria ainda mais pressão sobre si. Acredit