O FC Porto iniciou uma nova era, com Vítor Bruno ao leme da equipa principal. A equipa entrou em jogo com personalidade, a assumir o jogo perante o campeão nacional, mas falhou na abordagem táctica, proporcionando ao Sporting CP a profundidade em que é tão forte. O primeiro golo surgiu na sequência de um canto, algo em que os azuis e brancos falharam repetidamente na pré-época e ainda não conseguiram corrigir. O treinador portista mostrou-se tranquilo e a equipa subiu os índices de pressão, logrando dar uma reviravolta total! Mais do que a Supertaça, a forma como a ganhou foi mais um momento memorável para os dragões, às portas de um campeonato em que, ainda assim, parte... atrás dos dois grandes rivais lisboetas.
Após o "tombo" do gigante espanhol na eliminatória anterior, Portugal estava avisado para a forma de jogar de Marrocos: bloco defensivo muito compacto, fechando (quase) todas as linhas de passe com um jogo de pares ultra-concentrado e muita qualidade a sair da pressão, preferencialmente em contra-ataques criteriosos, mas também competentes quando em ofensiva posicional. Foi assim que En-Nesyri, um dos mais completos 9 vocacionados para este tipo de ideia de jogo, aproveitou um erro de todos os elementos mais defensivos portugueses (Rúben Neves "macio" na protecção à linha recuada, Dalot a não encurtar o espaço para o cruzamento, Pepe mal posicionado, Raphaël Guerreiro a fugir ao duelo aéreo, má comunicação de Rúben Dias com Diogo Costa e este último a ser batido pela antecipação de cabeça do ponta-de-lança do Sevilha) para fazer o golo solitário da partida. Desde o apito inicial e até ao final da primeira parte, apesar da natural iniciativa de jogo e alguns fogach