Dos adversários de Portugal na fase de grupos do Campeonato do Mundo, o Uruguai é aquele que dispõe de um plantel mais dotado de recursos individuais de qualidade.
O experiente Muslera continua dono e senhor da baliza alviceleste, escudado por vários centrais tarimbados: Giménez é um dos melhores a nível mundial, Ronald Araújo - a adquirir "pedigree" no Barcelona - aquele com maior potencial e o nosso bem conhecido Coates ou os veteranos Cáceres e Godín podem formar um eixo defensivo sólido.
Nas laterais, do lado direito pode surgir um elemento mais ofensivo como o promissor Pellistri ou um mais defensivo como Varela ou até o polivalente Cáceres. Do lado canhoto, as investidas de Olivera ou Viña são uma das grandes armas para municiar o ataque.
A meio-campo, Manuel Ugarte e Lucas Torreira poderão disputar o lugar mais recuado, eles que se têm adaptado à posição 6 mas, sobretudo o sportinguista, rendem mais como médios interiores. A verdade é que os 8 abundam nesta convocatória, com o campeão europeu Federico Valverde - uma das revelações do Real Madrid na última época - à cabeça, e ainda os muito rodados Rodrigo Bentancur ou Matías Vecino. Se optar por um 10, Arrascaeta será "obrigatoriamente" titular, conferindo criatividade como nenhum outro.
Na frente, Luís Suárez e Edinson Cavani já não estão no auge, mas continuam a impor respeito, e Darwin Nuñez tem um enorme potencial, podendo desequilibrar a qualquer momento.
Veremos se o seleccionador Diego Alonso consegue criar uma equipa competitiva, dentro do que as que o lendário Óscar Tabárez nos habituou.