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"Outsiders" com potencial para surpreender na fase de grupos do Euro 2020

 

Estamos a 70 dias do... Euro 2020!

Há 3 selecções menos cotadas que suscitam particular expectativa, tendo em conta a recente evolução, bem patente nas prestações com que iniciaram a qualificação para o... Mundial.
A Macedónia do Norte chocou o mundo do futebol ao vencer na Alemanha, sendo apenas a terceira equipa a derrotar os germânicos num apuramento para o Campeonato do Mundo.

Desde 2020, os macedónios apenas perderam duas partidas oficiais, contando com a versatilidade dos laterais Alioski (que tem ajudado o Leeds United a lutar pela manutenção na Premier League) e Ristovski (ex-Sporting e em bom plano no Dinamo Zagreb que eliminou o Tottenham na Liga Europa), além da criatividade de Elmas (a crescer no Nápoles) e experiência finalizadora de Pandev (que continua a render na Serie A, depois de ter sido campeão europeu no Inter de Mourinho), que contra a Alemanha mostraram a capacidade ofensiva desta selecção.
A Turquia há muito que não conseguia aproveitar o talento das individualidades para construir uma equipa competitiva mas, apesar do percalço caseiro frente à Letónia, entrou no apuramento mundial em grande estilo, ao vencer a Holanda e na Noruega (que tem crescido em torno de Ødegaard e Haaland). Acredito que a equipa poderia ganhar solidez defensiva se juntasse Demiral, Ozan Kabak e Söyüncü, porque a classe de Ozan Tufan e Hakan Calhanoglu e a agressividade táctica de Cenk Tosun e Burak Yilmaz (a fazer uma grande época no Lille, juntamente com Yazıcı) dão garantias ofensivas de poder ferir qualquer adversário.

Apesar do superior e crescente estatuto, a Polónia não deixa de ter menos tarimba em grandes provas, mas quem tem à disposição jogadores como o guardião Szczesny (que tem deixado Buffon no banco da Juventus), o estratega Zieliński (por onde passa quase todo o jogo ofensivo do Nápoles) e um goleador como o actual "The Best"Lewandowski, tem legítimas esperanças em chegar às fases decisivas das competições de selecções.
Para já, apesar da derrota frente em Inglaterra, num jogo em que estava muito desfalcado, Paulo Sousa tem sido inteligente ao estabilizar a aposta no guardião da Juve e ao aproveitar o "excesso" de pontas-de-lança de qualidade para juntar (pelo) menos mais um a Lewa, preferencialmente Milik. Estes "outsiders" têm tudo para pôr em causa as aspirações de Itália, Holanda e Espanha (respectivamente) na fase de grupos do Europeu.