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FC Porto em ciclo decisivo da temporada


A eliminação da Taça de Portugal e até o empate caseiro no recente Clássico resultaram de uma boa dose de infelicidade, mas nem só a aleatoriedade explica a época irregular dos azuis e brancos.

Desde logo, a política de contratações teve um critério ambíguo, pelos vários tipos de mercado, momento da carreira e perfis dos jogadores. Apenas Taremi está a corresponder plenamente às expectativas mas poucos têm tido tempo de jogo suficiente para evoluir no contexto da equipa, mesmo os que (como Felipe Anderson ou Evanílson) deram respostas positivas, nos escassos minutos de utilização de que dispuseram. Cláudio Ramos e Carraça são o exemplo máximo disso mesmo, com o internacional português ainda sem qualquer jogo na equipa principal e o versátil ex-Boavista (a mais surpreendente das aquisições desta época) com apenas uma partida realizada, onde até deixou boas indicações.




Além da discutível gestão do plantel, foram ficando evidentes desequilíbrios na sua constituição, sem que tenha sido aproveitado o defeso de Inverno para suprir lacunas e "arrumar a casa".
Nomeadamente na baliza, na lateral-direita da defesa e a meio-campo (com Romário Baró e João Mário à cabeça) há vários jogadores que beneficiariam com empréstimos para ganhar tempo de jogo.

Com a saída de Alex Telles e Soares esfumou-se uma das mais produtivas parcerias goleadoras e, numa equipa cuja maioria dos adversários joga com defesas cerradas, em bloco baixo, teria feito falta recrutar um jogador como Hulk e/ou um 9 de referência, capaz de finalizar com perícia e maior eficiência


Sem Danilo, a defesa ficou mais exposta, tendo vindo a evidenciar fragilidades no controlo da profundidade, no posicionamento e várias quebras de concentração. A equipa tem potencial e espírito colectivo para iniciar uma recta final de bom nível mas, para ganhar consistência, urge que Sérgio Conceição afine processos e dinâmicas associativas.