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A "máquina cerebral" da Alemanha

Da ronda europeia de qualificação para o Mundial 2018, destaque para a Bélgica - a primeira selecção a apurar-se - e a Alemanha.

Os germânicos apresentam uma "máquina" de futebol maduro e consolidado.

A sua ideia de jogo é completa: assenta na simplicidade de processos, mecanização táctica e qualidade na tomada de decisão, mas não abdica do ataque rápido ou contra-ataque sempre que surge a oportunidade.

No entanto, a força de um colectivo é impulsionada ou "traída" pela conjugação das individualidades e a estrutura federativa alemã não negligencia isso.

Em coerência com o sistema de (base de) recrutamento que estruturou e implementou desde o fracasso no Euro 2000 - "caíram" contra Portugal -, a Alemanha optou por dar "rodagem" a vários jovens talentos na Taça das Confederações e, mais do que a competição, ganhou soluções para dar profundidade à equipa.

Timo Werner terá "reservado", inclusivamente, lugar no onze-tipo de Joachim Low, solucionando o principal problema do 11: a posição de ponta-de-lança.

Mas o verdadeiro "cérebro" por que passa toda a organização ofensiva e defensiva do jogo alemão é Toni Kroos. O médio do Real Madrid gere o ritmo de jogo, idealiza a construção das jogadas e define o "último" passe, cruzamento ou remate com uma qualidade pendular.

Ao "renascer" do Brasil e da Espanha como equipas que se reencontram com os respectivos ADNs - muito pelo surgimento de novos "intérpretes" de qualidade - no caso dos espanhóis - e pela descoberta, por parte de Tite, do melhor enquadramento colectivo para a permitir a liberdade dos génios Neymar e companhia -, a Alemanha responde com inteligência competitiva!